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quarta-feira, 21 de maio de 2014

MAS ELE DIZ QUE ME AMA


Autobiografia em quadrinhos de uma mulher que passou dez anos sendo abusada pelo marido. Leitura obrigatória! Saiba mais lendo minha resenha.


MAS ELE DIZ QUE ME AMA
Hoje vou comentar uma HQ especial para as mulheres. Produzida por uma mulher, e publicada aqui no Brasil em 2006, é uma pena que ela a editora não fez a devida divulgação para que esta obra tenha se tornado mais conhecida do público.
Minha história com essa HQ começa de forma inusitada: ao olhar os livros em ponta de estoque de uma loja, me deparei com esse livro de capa feia, e cuja única menção à ser uma HQ é o subtítulo horrível: “Graphic Novel de uma Relação Violenta”. Custava apenas R$10,00. Fiquei curioso, fui pra casa, e pesquisei no google. Descobri que se tratava sim de uma HQ, e que contava uma história real, e triste. A história de Rosalind B. Penfold, uma mulher que passou cerca de uma década sob tortura psicológica de um marido machista e possessivo.  Curioso por conhecer novos estilos de quadrinhos em uma fase em que os super heróis estavam me cansando, comprei. Li, e me emocionei. E recomendo a leitura pra todos os leitores e leitoras.
Rosalind conta de forma autobiográfica a sua vida ao lado de Brian, um viúvo que ela conheceu e se apaixonou. No princípio, um homem carinhoso e atencioso com a família, ele conseguiu conquistar Rosalind de fora rápida e intensa. Tão cedo quanto possível, ele a pediu em casamento, e ela aceitou. No comoço da vida a dois, tudo parecia uma maravilha, como em todos os relacionamentos no começo. Mas aos poucos, ele foi se revelando outro homem. Possessivo, controlador, quase um psicopata.
O comportamento dele foi se tornando tão agressivo ao ponto de em alguns momentos ele agir de uma forma violenta, e no dia seguinte, agir como se nada tivesse acontecido, e ainda dizendo para Rosalind que ela provavelmente imaginou tudo.
Nem os filhos foram poupados. Há até mesmo uma cena que insinua que ele praticou incesto com uma das filhas.
Foram 10 anos ao lado desse homem terrível, em uma relação que deixou ela psicologicamente perturbada. Um dia, depois de muita terapia, ela resolveu colocar no papel tudo o que sentia. Mas ela não conseguia sequer escrever. Então, desenhou. Fez uma história em quadrinhos. Um diário em quadrinhos.
Com um traço primário, que lembra os desenhos de uma criança, mas com um conhecimento de narrativa e ritmo dignos de uma profissional, ela consegue transmitir cada momento de angústia que sua vida pessoal passou nesses anos todos. AS técnicas de quadrinhos são exploradas até mesmo no uso de modificações do traço, no acabamento, nos enquadramentos e diagramações de páginas, tudo feito com esmero pra nos colocar dentro de sua cabeça.
Talvez seja muito difícil explicar exatamente essa HQ. Mas o leitor com toda a certeza vai se emocionar com a leitura. As mulheres principalmente. Mas eu sugiro que a leitura seja feita principalmente por leitores homens.
Ao final do livro, há informações o Friends os Rosalind, um site que busca ajudar mulheres que passam pelo mesmo problema. E com vários “autógrafos” de várias “Rosalinds” ao redor do mundo.
Em tempo: Rosalind B. Penfold é um pseudônimo. A autora não revela seus verdadeiros dados, devido à condição do trauma.

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