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segunda-feira, 16 de junho de 2014

MONSTRO DO PÂNTANO - RAÍZES


Primeiro volume com as primeiras história do Monstro, feita por seus criadores originais. Leia minha resenha aqui: 

MONSTRO DO PÂNTANO
Um dos melhores lançamentos deste semestre pela Panini foi este encadernado do Monstro do Pântano. Contendo as edições originais da saga da criatura, escrita e desenhada por seus criadores Len Wein, e Berni Wrhigtson, estas histórias não são apenas o marco inicial na história daquele que, sem quere, seria um dos pilares do amadurecimento dos quadrinhos americanos, mas pedra fundamental da criação do selo Vertigo.
Claro, a criação do selo dependeu inicialmente da fase escrita por Alan Moore, que foi quando as histórias começaram a ganhar seu teor adulto. Mas isso não quer dizer que as histórias originais de Le Wein sejam infantis, ou mero lugar comum. Pelo contrário. Para quem, como eu, nunca havia lido nada dessa fase inicial, essas histórias surpreendem bastante, pois elas possuem um estilo bastante controverso, se comparado à maioria das HQs da época.  Talvez pelo fato de seu editor na época ser Joe Orlando, que já passou pela célebre editora EC Comics, o maior nome dos quadrinhos de terror dos anos 50, o que pode ter contribuído para isso.
Este encadernado publica as primeira 6 edições da revista do Monstro, mais a sua primeira aparição, cerca de 1 ano antes, em House of Secrets # 92. Há ainda um  texto introdutório do próprio Wein sobre a criação do personagem, e porque, ao dar um título à ele, foram feitas modificações em sua origem, sua identidade, e na época em que as histórias se passam.
Agora, voltando a falar sobre essas histórias, para quem conheceu Alec Holland através da fase Moore, é interessante ver como o bruxo inglês respeitou toda a essência do personagem. Ele pode ter levado as histórias para outros patamares, mas as características básicas de todos eles estão ali. Toda a base. Chega a ser estranho ver como surgiram todos os temas recorrentes da serie, que pra quem leu a fase posterior já conhece bastante, surgindo nas histórias. Tomamos conhecimento com Alec e Linda Holland, em sua vida de casal cientistas, as organizações que estavam atrás deles, e de sua fórmula biorrestauradora, e como os personagens coadjuvantes vão surgindo, se conectando, e fazendo parte da saga do monstro aos poucos.
Mas esta edição não é imperdível apenas para os fãs da fase Vertigo do personagem. Não se trata apenas de uma revista feita para que a coleção de muitos fã da fase “Moore-em-diante” completem suas coleções. O que torna esta edição realmente um clássico é o fato de suas histórias serem realmente boas. Elas não envelheceram nem um pouco, apesar de terem sido produzidas décadas atrás. Elas possuem um frescor, que é como se fossem hq’s feitas hoje em homenagem aos clássicos.
Wein possui um estilo de ir conduzindo o leitor lentamente pelo cenário da história. Ele só conta o suficiente para que entendamos a história até aquele momento, deixando várias informações para nos mostrar mais tarde, quando do clímax da história. É como ver um episódio(bom) da série “Supernatural”.  Um pé no estilo clássico dos contos de horror, mas com um jeito moderno de ver essas situações.
E o estilo de Berni Wrightson, não por acaso, virou sinônimo de desenho de HQ de terror. Seu estilo é moderno nos ângulos e enquadramentos, mas ao mesmo tempo com uma finalização “suja”, que remete às hq’s antigas. E o domínio da narrativa é tanta que o leitor segue com os olhos exatamente o que o artista quer mostrar, sem desvios para a página seguinte. Só não é melhor devido às cores, que na época, não eram devidamente valorizadas pelas editoras. Quem entende dos bastidores das HQs, sabe que foi apenas após Neal Adams, em meados dos anos 70, que revolucionou o conceito do uso das cores nos quadrinhos. Antes disso, as cores eram editadas de uma forma porca, mesmo.
E quanto à edição da Panini? Nota 10! O que alguns leitores mais chatos podem questionar, que é o fato de o encadernado foi “cortado” em 2 volumes, enquanto nos EUA toda a fase foi publicada em uma única edição. Eu, particularmente, acho melhor, pois além de ser desconfortável ler um livro enorme nas mãos, ao dividir em dois volumes, o preço fica mais acessível. Fora, isso, também conta o formato, igual ao de “Hellbazer Origens”, ou seja, papel Pisa, capa cartão com orelhas, e preço camarada.
Se você é um amante do selo Vertigo, fã da criatura do pântano, ou apenas que ler ótimas histórias de terror, essa edição é uma ótima pedida.

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