Marcadores

TIRAS (793) HQ (229) INSPETOR (180) RESENHAS (112) LEXY COMICS (111) PORTFÓLIO (62) CARTUM (52) LEITMOTIV (30) LEXY DRIVER (20) LAMPIÃO (19) AUGUSTO (16) CINEMA (15) CONTOS (15) FRANKENSTEIN200 (8) TEATRO (7) FRANKENSTEIN (5) ROTEIROS (5) ARTES PLÁSTICAS (3) FIM DA LINHA (3) FOTOS (3) OFICINA (3)

BOTÕES DE COMPRA

Comprar LAMPIÃO Pague com PagSeguro - é rápido, grátis e seguro! Comprar A SITUAÇÃO DE AUGUSTO Pague com PagSeguro - é rápido, grátis e seguro! Comprar REVISTA JAPY Pague com PagSeguro - é rápido, grátis e seguro! Comprar VIDA DE INSPETOR Pague com PagSeguro - é rápido, grátis e seguro! Comprar LEITMOTIV Pague com PagSeguro - é rápido, grátis e seguro!

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O SOMBRA - O FOGO DA CRIAÇÃO


"Quem sabe o mal que se esconde no coração dos homens?"
Leia minha crítica desta HQ, e descubra!


O SOMBRA
O Sombra é um dos personagens mais interessantes criados na época dos pulps. Com sua capa e chapéu, o rosto coberto por um cachecol vermelho, e seu par de colts, ele executa os bandidos de forma implacável, e também usando  um certo poder místico para acabar com o crime da Nova Iorque dos anos 30, além de seu bordão “ Quem sabe o mal que se esconde no coração dos homens? O Sombra sabe!”
Na verdade, o personagem surgiu como apresentador de um programa de rádio, em1930. Mas o sucesso o fez virar protagonista, tendo mais tarde migrado para os pulps e para os quadrinhos. Sua mais recente encarnação nos quadrinhos saiu nos EUA pela Dinamite, cujo primeiro arco, escrito por Garth Ennis, foi publicado aqui no final do ano passado, pela Mythos. Entitulado “O Fogo da Criação”, o encadernado contém os primeiros seis números da revista, e mostra o Sombra enfrentando um perigo para o mundo durante a Segunda Guerra Mundial.
Pra quem não está familiarizado com o Sombra, basta saber que ele é a identidade secreta do milionário Lamont Cranston, embora ele também seja conhecido por ter outras identidades secretas, e aparentemente, ele assume várias identidades para poder agir pelo mundo todo, em seu combate ao crime. Quando ele veste as roupas do “herói”, se torna um vigilante dos mais violentos já visos nas histórias policiais.
Na trama, Cranston é “contratado” pelo serviço secreto americano para investigar e impedir os planos de um criminoso japonês, e seu comparsa chinês, que podem mudar os rumos da Segunda Guerra. Um enredo, que, apesar de se passar durante a Guerra, aqui é mostrado mais o lado de espionagem da época. Ennis já declarou ser fãs de histórias de guerra, e aqui se mostra não apenas um apreciador do gênero, mas um grande conhecedor de história.
Apesar de fugir bastante do universo tradicional do personagem, cuja maioria das histórias clássicas sempre foram mais urbanas, mostrando o vigilante caçando gângsteres, Ennis criou uma boa história de espionagem, no melhor estilo dos grandes filmes atuais do gênero. A trama segue os parâmetros do estilo, com os vilões desenvolvendo um plano secreto, que é investigado pelo herói ao mesmo tempo em que está sendo tramada, levando todos até um confronto no final, salvando o mundo no “último momento”. Talvez o que possa causar maior estranheza nos fãs do Sombra seja o fato de que o vigilante aparece pouco, enquanto Lamont Cranston protagoniza a saga a maior parte do tempo.
Claro que, em se tratando de um escritor de qualidade como Ennis, a história procura fugir dos clichês fáceis do gênero, se mostrando uma história com uma boa dose de originalidade. E, para quem conhece Garth Ennis como amalucado escritor de Preacher e outras sagas cheias de violência e humor negro, aqui ele se mostra bastante contido. Quase como em sua fase inicial em Hellblazer. Infelizmente, há um pouco do “Ennis de sempre” na forma de Pat Finnegan, um personagem irritante, que parece estar ali apenas como o alívio cômico que o escrito sempre gosta de colocar. Infelizmente, uma cópia de todos os outros personagens do tipo que ele costuma colocar em suas histórias (já vi vários assim em Hitman, por exemplo).
O traço de Aaron Campbell é belo e realista, com um ótimo “feelling” para o ritmo narrativo, e não cansa em momento algum, como acontece com alguns desenhistas de traço realista. Pelo contrário, seu desenho é ideal para acentuar o clima “retrô” que a história pede. Outra boa característica do artista são as cenas de ação, sem modificar seu estilo de enquadramento, ele cria as imagens com a mesma competência com que faz as cenas “paradas” da história.
A edição da Mythos é luxuosa, com preço a altura. Poderia ter sido publicada em uma versão mais simples, por não se tratar de um material tão “top de linha”, mas, apesar disso, a qualidade da edição é competente, e agradável. Talvez o chamariz seja o nome de Ennis na capa. Mas, pra quem é fã do personagem, é imperdível. E, pra novos fãs, uma boa leitura, que pode servir de introdução ao universo deste maravilhoso personagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário