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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

VINCENT


VINCENT
Biografias em quadrinhos já não são nenhuma novidade faz algum tempo. Mas encontrar biografias em quadrinhos realmente boas pode ser um tanto raro. Felizmente, Vincent, da cartunista Holandesa Barbara Stok se enquadra na sessão das boas.A HQ conta a história da vida do pintor Vincent van Gogh, conhecido por suas telas cheias de um colorido representando belas paisagens e pessoas comuns em atividades cotidianas. Também é lembrado como tendo cortado a própria orelha em um momento de loucura.
O álbum lançado no Brasil pela editora LP&M começa com Vincent saindo da casa do irmão Theo, e indo morar em Provence, numa tentativa de que os novos ares lhe tragam muita inspiração pra pintar. Mesmo que no começo da nova vida, ele ainda tenha o sustendo financiado pelo irmão. A autora narra as dificuldades e os bons momentos que o pintor passa em sua nova cidade, alternando sempre com inserções de Theo e sua esposa comentando a vida de Vincent através das cartas que recebe dele.
O começo quando ele ainda precisava se firmar profissionalmente no local, e economizar o máximo de dinheiro pra poder sobreviver e pintar, e depois enviar as obras ao irmão, que tenta vendê-las, passando pelas amizades, amores e até uma certa boemia entre as pessoas da cidade. Tudo é contado de forma simples, mas objetiva, pra nunca fugir da fluência que uma boa obra ficcional pede. Mesmo que seja uma biografia, e que os acontecimentos da vida dele sejam narrados em ordem cronológica.
O traço cartunístico da autora só ajuda a dar o clima leve da HQ, mesmo que ela não tenha pudor em mostrar o lado mais insano da vida dele. Seus problemas nervosos, seus acessos de fúria e loucura, tudo tratado com seriedade como a doença deve ser vista. Mas sempre sem julgá-lo por sua conduta ou estilo de vida escolhido. Este Van Gogh é um sujeito bastante simpático e acessível ao leitor. É fácil gostar dele, e sentir pena quando seus planos, como a criação de uma morada de artistas, não dão certo. Mesmo nos momentos finais da vida dele, quando todo o clima assume um tom mais melancólico, Barbara Stok consegue fazer com que sua história ainda tenha um certo otimismo.
Apesar do estilo dela, não pense o leitor que sua HQ é simplória. Ao contrário. Seu traço é bastante expressivo, principalmente nos rostos e emoções dos personagens. E o uso de cores chapadas e berrantes, bem no estilo que Van Gogh usava em seus quadros, acrescentam um charme a mais à esse belo álbum. Mas essas não são os únicos recursos utilizados por ela. Quando dos momentos de tensão e acessos nervosos de Vincent, ela cria quadrinhos verdadeiramente “psicodélicos” pra representar isso. A cena em que ele corta a orelha é uma das mais criativas e originais já feitas em uma HQ, pra uma cena tão tensa.

Outras ótimas sacadas sapo os momentos sem texto. Ou o fato de não haver recordatórios, apenas em algumas páginas há trechos das cartas de Vinvent pra Theo. Uma forma de mostrar a passagem do tempo ao mesmo tempo que informa o leitor dos pensamentos do personagem e dos fatos reais. Uma obra que recomendo pra todo apreciador de uma boa HQ, seja um fã de Van Gogh, ou não.

http://artecompipoca.net/vincent-hq-critica/


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