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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

MEUS FILMES SENDO ACLAMADOS PELA CRITICA

Tá certo, é exagero.
Mas que o meu filme INIMIGO está agradando à todos que tiveram oportunidade de ver, isso está,sim.
Fico muito contente com isso.
Veja no link abaixo, alguns comentários sobre o filme:

http://sessao-maldita.blogspot.com.br/2008/11/o-inimigo-alexandre-r.html


É isso aí.
E, se você quiser saber como adquirir uma cópia do filme, é só entrar em contato.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

EU TAMBÉM ESTOU NO TEATRO



ALÉM DE ATUAR COM CINEMA, QUADRINHOS, LITERATUREA, E ARTES PLÁSTICAS, EU TAMBÉM ENTREI PRO TEATRO.maS NÃO NOS PALCOS.eSTOU FAZENDO OPERAÇÃO DE LUZ MA PEÇA 4:48, DE PRISCILA ALTRAN.
ESTÁ SENDO UMA EXPERIÊNCIA MUITO BACANA.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Dia Internacional da Animação

D.I.A - Dia Internacional da Animação 2008 apresenta Mostra Oficial em 44 cidades paulistas com apoio do PAC São Paulo
Evento, que é realizado em todos os Estados brasileiros, celebra o cinema de animação em Mauá no dia 28 de outubro, com apresentação de curtas metragens nacionais e estrangeiros, além de outras atividades paralelas
Mauá está no amplo mapa de cidades de todo o mundo que celebram o D.I.A - Dia Internacional da Animação 2008. A Mostra Oficial do D.I.A será realizada em 28 de outubro, no Espaço Andanças Pelo Zaira, a partir das 19 horas, com entrada gratuita. O evento apresenta curtas-metragens nacionais e internacionais, simultaneamente, em 150 cidades, distribuídas por todos estados brasileiros, sendo 44 delas do Estado de São Paulo, e em 51 países.

O D.I.A comemora o aniversário de 116 anos da primeira projeção pública mundial de imagens animadas, em 1892. O pioneiro realizador Emile Reynaud promoveu com seu teatro óptico, no Museu Grevin, em Paris, a proeza de exibir desenhos animados três anos antes do cinematógrafo – o pai do cinema moderno - ser apresentado pelos irmãos Lumiere.
Pela segunda vez, a mostra comemorativa do D.I.A será apresentada em Mauá. O coordenador local, Alexandre Soares, aposta em uma participação maior do público. “Em 2008, a Mostra Oficial acontecerá num espaço mais amplo, pois esperamos novos espectadores devido à grande procura do ano passado”, afirma Soares.
No Brasil, o D.I.A é realizado desde 2004 pela ABCA – Associação Brasileira do Cinema de Animação, e avança território, conquistando apoio e público, a cada ano. De 2007 para 2008, o número de cidades que vai receber a Mostra Oficial cresceu 200%. Saltou de 50 municípios em 2007 para 150 em 2008.
São Paulo
Em São Paulo, o crescimento é mais significativo ainda e tem um grande aliado. A ABCA aliada à produtora Usinanimada, de Ribeirão Preto, inscreveu o projeto de produção do D.I.A para aprovação de financiamento no edital de Festivais de Artes do PAC – Programa de Ação Cultural. Com o projeto aprovado e a adesão de realizadores voluntários em 30 novas cidades, o D.I.A chegará a 44 municípios paulistas, incluindo a capital, em 2008.
É uma grande evolução, avalia o coordenador estadual D.I.A Thomas Larson, responsável pelo evento em todo Estado de São Paulo. “Em 2007, foram 14 cidades que receberam os filmes da mostra e tiveram ótima presença de público. Agora faremos em 44 cidades. O financiamento e o empenho dos organizadores em cada município vão permitir que um público maior ainda tenha contato com o cinema de animação”, explica Larson. O crescimento em São Paulo é de 214%, saindo de 14 municípios no ano passado para 44 em 2008.
Além do inédito financiamento do PAC São Paulo, o evento conta novamente com o apoio do CTAV – Centro Técnico do Audiovisual, da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, do Conselho Nacional de Cineclube, da Federação Paulista de Cineclubes e com a parceria da ASIFA – Associação Internacional do Filme de Animação. A parceria internacional faz com que filmes brasileiros também sejam apresentados em outros países que comemoram o D.I.A.
Em 2008, o evento mantém como parceiro o Fórum dos Festivais e conta com ainda mais apoiadores para a sua divulgação: além da TV Cultura, da Globo Filmes e do Canal Futura, abraçaram o projeto a TV Brasil, a TV Rá-Tim-Bum, a Nickelodeon, a Cartoon Network, a MTV, o SESCTV e a empresa de divulgação e promoção de conteúdos culturais Espaço Z.
Com o financiamento do PAC São Paulo, será a primeira vez que a Mostra de Curtas terá uma coordenação geral no Estado. A conquista é do cinema de animação e do público, afirma Thomas Larson. “O evento não tem fins lucrativos e exige baixo orçamento para ser realizado. A importância do apoio do PAC é poder ampliar o número de cidades, logo a quantidade de público, com o respaldo de uma assessoria técnica para divulgação e execução do evento dada pela ABCA”, defende Larson. Um outro diferencial no Estado de São Paulo são duas mostras paralelas à Mostra Oficial: uma de animações paulistas e outra somente para o público infantil.
A diretora de eventos da ABCA - Associação Brasileira do Cinema de Animação e coordenadora Nacional do D.I.A, Luciana Druzina, afirma que a celebração é uma forma de trazer o cinema de animação, que é uma arte reverenciada no mundo todo, para o centro das atenções. “Sua difusão e acesso ainda são restritos, apesar de sua importância. O D.I.A busca a disseminação e democratização do trabalho dos animadores, proporcionando ao seus espectadores o contato com essa forma de arte cinematográfica”, diz Luciana.
A formação de público e estímulo à produção de animação, em nível nacional, também são objetivos do D.I.A. Por isso, a ampla cobertura, que chega a todos os estados brasileiros, oferecendo a possibilidade para o espectador das capitais e de cidades de grande, médio e pequeno porte do interior de assistir aos filmes de animação produzidos no país e no exterior.

Veja lista das cidades paulistas no D.I.A:
Assis, Altinópolis, Atibaia, Americana, Araraquara, Bauru, Bebedouro, Bragança Paulista, Campinas, Caraguatatuba, Casa Branca, Cosmorama, Diadema, Embu das Artes, Franca, Guarujá, Itapecerica da Serra, Itu, Itapeva, Luiz Antônio, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Osasco, Ouroeste, Paulínia, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santa Gertrudes, Santa Cruz das Palmeiras, Santo André, Santos, São Bento do Sapucaí, São Carlos, São José dos Campos, São José do Rio Preto, São Lourenço da Serra, São Paulo, São Vicente, Sorocaba, Votuporanga.

Em Mauá
Quando: 27 de outubro de 2008
16 horas - Piconzé (O segundo longa de animação produzido no Brasil)
18 horas - MOstra Infantil
19:30 horas - Mostra Paulista

Quando: 28 de outubro de 2008
19 horas - Mostra Oficial do D.I.A – Dia Internacional da Animação

Onde: Espaço Andanças Pelo Zaira - R.Ricadro Bicheli,136 B - Jd Zaira 2

INformações:cineclube.pilar.maua@gmail.com

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

ACONTECEU NO ÔNIBUS

nOTA:
Um conto erótico, meio estranho, que escrevi à um tempinho.Espero que você não se deixe levar pela inverossimilhança.Afinal, erotismo é brincar com a imaginação.

ACONTECEU NO ÔNIBUS
Todo dia é a mesma rotina, e isso cansa. Deixa qualquer um estressado. Por isso, acho ótimo quando acontece algo inusitado, pra quebrar minha rotina. Como certa vez, quando vi algo no ônibus, ao voltar do trabalho.
O ônibus estava, de certo modo, "vazio". Ninguém em pé, poucos bancos ocupados, a maioria na área central do ônibus. Eu entrei, e sentei no último banco, pra fugir de conversas idiotas de pessoas vazias. Quando estou num ônibus, me distraio olhando pala janela, vendo as fachadas das lojas e casas, lendo as placas, olhando as mulheres gostosas que passam na rua, etc. Mas, naquele dia, uma outra coisa me chamou a atenção.
Eu estava, como disse, no último banco, na fileira "do outro lado do motorista". Exatamente do outro lado, havia um casal de namorados. Estavam se beijando. Geralmente, eu não fico reparando em casais que se amassam por aí (não sou careta, não vejo nada de errado nisso. Até faço isso, quando estou namorando), mas dessa vez, eu reparei.
Primeiro, dei uma olhadela de leve, desviando o olhar rapidamente. Mas voltei a olhá-los. Notava principalmente ela, a garota, que usava uma saia curtíssima, que deixava à mostra suas coxas. E que coxas! My god! Eu só havia visto uma perna daquelas em modelos de filmes pornô europeus. O rosto dela também era uma maravilha. Uma mistura de Liv Tyler com Nicole Kidman, e os lábios da Angelina Jolie. Os seios, firmes e arredondados, quase pulavam pra fora do decote. E os olhos dela...(enquanto eu me encantava com a maravilha que era seu corpo) os olhos dela me encaravam.
Desviei o olhar rapidamente, olhando o que estava do lado de fora. Ouvi uma risadinha (era da garota. Até a risada era sexy). Arrisquei outro olhar. Os dois me olhavam, sorrindo. Dei um sorriso meios em graça, que foi retribuído com um beijo de língua deles (na verdade, o rapaz enfiou a língua pela boca dela, que acariciava com os lábios a língua do namorado). Eles nem se importavam com a minha presença.
Como pareciam ser um casal de exibicionistas, continuei observando, sem receio deles. Ao tirar a língua da boca da namorada, o rapaz foi descendo sua língua pelo queixo dela, indo até seu pescoço. Ao mesmo tempo, suas mãos firmes iam se esfregando pelas costas e cintura dela. Ela colocou uma perna no colo do rapaz, praticamente se deitando em cima dele. Em seguida, olhou pra mim, um olhar tão excitante, tão cheio de lascívia, tão provocante, que deixou meu pau quase estourando minha calça. Todo o tesão que ela sentia, demonstrava com aquele olhar pra mim.
Se a garota queria que eu sentisse seu tesão (e eu realmente sentia), o rapaz parecia ter se esquecido que estava em um ônibus. Ele desceu sua boca do pescoço dela até os seios, então, beijou-os. Depois, com um leve puxão da blusa dela, deixou um mamilo à mostra. Que mamilo! Quase gozei ali mesmo! Era bem rosado, contrastando com aquele seio de uma pele branca como leite. O bico era bem pequeno, mas bem pronunciado pra frente. O rapaz encostou a ponta da língua nele. Depois, começou a mamá-lo como um bebê na mãe.
A garota, me olhando provocadoramente, levou uma mão até a saia, abriu as pernas, me deixando ver sua calcinha, Meu tesão aumentava cada vez mais. Meu suor escorria por minhas costas.
O rapaz começou a mamar no outro seio. A garota se colocou no colo dele, de frente pra ele. O seio que tinha sido acabado de ser chupado estava bem no meu campo de visão. E que visão!
Então, a garota tirou a mão de sua xota, e começou a brincar com esse mamilo. Tocava-o, beliscava-o, sempre olhando pra mim.
O rapaz parou de mamá-la, e ela cobriu os seios, e só então, eu pude notar que sua outra mão estava dentro da braguilha do namorado, masturbando-o.
Ele levou a mão até o meio das pernas da namorada, e puxou a calcinha dela, que desceu até o meio de suas coxas com uma facilidade que me surpreendeu (provavelmente, eles já têm experiência em se exibir).
Então, eu me levantei. Eles me olharam com uma expressão do tipo "finalmente você decidiu se juntar à nós". Mas eu puxei o sinal para o ônibus parar. Fui até a porta sem olhar pra eles. Quando o ônibus parou e as portas se abriram, desci no meu ponto.
Naquela noite, quase não consegui me concentrar em meus afazeres, ou na tv. Só pensava no casal se exibindo. Antes de dormir, me masturbei pensando naquele casal, em como seria participar de uma foda com eles. Gozei como nunca havia gozado em uma masturbação antes.
Eu nunca esqueci daquele casal, e acho que nunca esquecerei. Mas infelizmente, nunca mais os vi.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

AGORA, CHEGA!

Estou cansada!
Já suportei demais este casamento! Anos e anos de aflições e tormentos! Porquê fui me casar com o maior filho da puta que conheci? Ele pensa que sou um animal? Que ele é meu dono? Não! Eu sou uma mulher! Um ser humano! Eu tenho todo o direito de ser livre, e fazer o que eu quiser da minha vida. E, se estou cansada deste casamento,posso muito bem me livrar disso. Por bem, ou por mal.
Não aguento nem mais um dia vivendo dessa forma, como uma vitima de um ditador. Um homem (que nem merece ser chamado de homem)que não ama ninguém, além de si próprio. Você, no meu lugar, faria o mesmo que eu vou fazer.
Enquanto espero que ele chegue em casa, me lembro de todos os momentos que passamos juntos. Brigas, desentendimentos, traições, pobreza. Ou você aguentaria uma vida inteira vivendo na miséria, tendo que implorar pro marido até mesmo pra ele dar uns trocados pra comprar pão? Se ele dava dinheiro, dava reclamando, me chamando de gastadora. "Tem que aprender a economizar! Tá pensando que eu sou banco?"Enquanto isso, ele estava sempre bem vestido, dizendo que era a irmã que tinha dado a roupa nova. Pensando que estava enganando alguém.
Em todos os nossos anos de casados, ele nunca me contou quanto ganhava no seu emprego. Quando se aposentou, nunca me disse quanto recebia de aposentadoria.
Quem conseguiria viver com um marido que passa o dia fora, não diz pra onde foi ( embora hoje em dia,eu nem me importe ), e só chega em casa pra comer, dormir, e assistir a porra do futebol e a porra do jornal?
Até os nossos filhos o abandonaram, de certo modo. Eles trabalham, ou estudam. E, em momento algum se importam com o pai.
Algumas pesssoas, educadas por um conservadorismo hipócrita podem dizer que "eles estão errados, deviam retribuir tudo o que seu pai fez por eles", mas essas pessoas não nos conhecem. São o tipo de gente que julgam os outros com base em sua próprias vidas. Se é que suas vidas são perfeitas como eles dizem...
Mas eles dizem que meus filhos estão errados, e acham que eles não estão dando o devido reconhecimento ao que seu pai fez por eles. Mas é exatamente isso o que estão fazendo, retribuindo todo o desprezo que receberam de um pai que reclamava que os filhos não se vestiam direito, mas não dava um centavo pra eles comprarem uma peça de roupa.
Eu não culpo meus filhos, eu os entendo. Eu sempre lhes dei amor, e esse amor eles retribuem.
E agora,eu vou retribuir todo o "amor" que meu marido me deu. E quem me julgar errada,ao menos assuma sua hipocrisia.

O frango já está na panela. Coloco os temperos e a água na panela, ligo o fogo.
Depois, lavo a faca e coloco pra escorrer a água. Fico observando a faca, enquanto o frango cozinha.
Fico nervosa,amedrontada. Mas é preciso tomar uma decisão. Penso em tudo o que farei com a faca nesta noite. Não vou usar pra mais nada, então, pego ela e a enxugo.
Vou até o quarto, e coloco ela embaixo do meu travesseiro. Arrumo o travesseiro, pra ele não perceber nada. Enquanto saio do quarto, olho pro colchão. De cada lado, a marca funda de nossos corpos, com uma "divisória" mais alta no meio, representando anos de um casamento sem amor, sem carinho, sem toques de carícias.

***

Hora do jantar.
Jantei só, como sempre. Nenhum de nós precisa esperar pelo outro pra jantar juntos.
Depois que terminei, ouvi o barulho do carro. O maldito carro dele. Um carro velho, mas que ele gastava muito dinheiro com reformas e reposição de peças.
Ele guarda o carro. Entra em casa, se dirige até o fogão.
-A comida está quente?
-Tá.
-Cadê os meninos?
-Não vão dormir em casa hoje.
-E vão dormir onde?
-Na casa de algum amigo, ou de alguma namorada.
-Esses meninos não ficam mais em casa! Só sabem ficar saindo, gastando dinheiro com besteiras! Eles tem que aprender a cuidar da casa! Eu vou é parar de fazer as coisas pra eles, quero ver como eles vão se virar!
"Fazer as coisas pra eles"? Que coisas?
Esse cretino já passou da senilidade, só pode ser isso. Em sua mente distorcida, ele deve viver em um mundo imaginário.
Terminei de comer, e fui pro quarto. Ele terminou de comer, e foi pra sala, ver tv. Depois da tv, ele foi tomar banho. Eu fui me deitar. Ele saiu do banho e também se deitou. Eu pensei na faca embaixo do travesseiro. Ele começou a falar:
-É, esse mês a gente vai ter que apertar o cinto...
Ainda mais?, eu pensei.
-...o carro tá demorando pra pegar de manhã. Vou ter que trocar o carburador.
Ele continuava falando, e eu não ouvindo. Toda noite era a mesma coisa, ele só sabia falar da falta de dinheiro. Nós tínhamos uma casa que alugávamos, era o nosso ganha pão. Mas é como se a casa fosse só dele. Por isso, eu pensava na faca. Todos que tem uma casa pra alugar costumam viver bem, só nós que vivemos nessa merda!
Depois que ele parou de resmungar os problemas dele ( a única coisa que ele, como marido, dividia com a esposa...), ele se virou para o outro lado, pra dormir.
Eu fiquei esperando.
Eu esatava ansiosa, um pouco nervosa. Eu não ia dormir, mesmo que quisesse. Precisava ficar acordada, esperando ele dormir. Eu sabia quando ele estaria dormindo, assim que começasse a roncar. Eu ia esperar, e então, a faca ia ter um trabalhinho diferente esta noite.
Mas, infelimente, não foi o que aconteceu.
Eu peguei no sono antes disso.
Nem notei quando ele dormiu, e nem me lembro de ter ficado com sono. Só me dei conta de que havia dormido, quando acordei com ele me ciutucando, e me chamando:
-Acorda! Acorda!
-O que foi? Por que você tá me acordando?
-Eu tive um pesadelo! Sonhei que você estava me matando!
Olhei nos olhos dele. Ele parecia sincero.C om a cabeça, senti a faca embaixo do meu travesserio, do mesmo jeito que eu tinha colocado. Ele não tinha mexido nela.Tinha sido só um sonho mesmo. Me recuperei, e falei:
-E você me acorda só por causa disso?
Meu coração palpitava, mas eu fingia que estava calma, sem dar a mínima pra história dele. Eu não podia deixar ele perceber meu nervosismo.
-Parecia tão real...
Ignorei ele, e voltei pro meu lado. Ele voltou pro lado dele. Dormimos.
Mas, antes, não pude deixar de pensar na sorte que ele teve. Na sorte que alguns putos têm. Talvez exista algum "diabo da guarda" que protege os desgraçadamente maus.

(11.07.05)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

NICTOFOBIA

NOTA: Este foi o primeiro conto que escrevi,por isso que está uma merda!


Terror.Essa palavra ecoa em sua mente,enquanto ela caminha pelas ruas e avenidas da cidade.Ela amaldiçoa seu chefe por pedir que ela fique até mais tarde;amaldiçoa a esposa do chefe por escolher dar a luz justo no horário normal de sua saída;e amaldiçoa o prefeito por não criar uma linha de ônibus que pare em frente à sua casa.
Não que isso seja totalmente confiável.Afinal,quantos ônibus não são invadidos todas as noites>E a cada dois ônibus assaltados,em um morre o motorista,no outro morre o cobrador.Por isso mesmo,o ônibus não aliviaria seu medo,seu terror.
Mas ela pega um ônibus mesmo assim.Ela não poderia atravessar toda a cidade a pé.
Ao descer do ônibus,a cerca da uma quadra para a rua onde mora,tentando não ser notada até o caminho de casa.
Não era uma rua deserta.Muito pelo contrário,havia pessoas,embora já passasse da meia noite.Também não era mal iluminada.Todos os postes tinham lâmpadas novas,que iluminavam muito bem.
Talvez esses sejam os causadores do terror.Afinal,cada luz sobre ela era como se disesse "Venham todos os predadores noturnos!Ela está soziinha e amedronatada!Uma presa fácil!"
O fato de haver pessoas na rua também não ajudava.Ao contrário do que se pensa,um lugar movimentado não significa segurança.Quando não há ninguém na rua,é fácil parar para ouvir se não há alguém te seguindo,ou mesmo escolher o lado da rua pelo qual andar.Mas essa rua,cheia de pessoas...
Um grupo de jovens pode tanto significar amigos namorando,quanto viciados usando drogas juntos.Ela poderia olhar para confirmar,mas se algum deles interpretar mal esse ato,ela se tornmaria uma vítima deles.
Ela não olha.
Ela desvia o olhar e continua caminhando.
Novamente,ela profere uma maldição.Desta vez ,aos seus sapatos.Cada "Clap" de seus saltos no asfalto são como sinos anunciando sua passagem.Novamente,ela se sente vulnerável. Principalemte ao ouvir passos atrás de si.São passos de tênis,abafados,como que tentando não se fazer ouvir.
Cautelosamente,ela apressa seus passos.Chegando em casa,ela estará segura.Mas os passos continuam atrás dela.
Em uma bar próximo,um carro de polícia estacionado.Por um momento,ela se sente a salvo.Como se as palavras "proteger e servir" a reanimasse.Por um momento.Apenas por um momento.
Ao se aproximar,ela vê os dois policiais.Ela ouve um deles comentar o formato esguio de suas pernas,realçadas pela meia calça preta,que,à luz dos postes,brilham com luxúria.Ela desvia e segue o seu caminho.
Por um instante,ela havia esquecido seu perseguidor.Ela se vira pra trás,e não o vê.Porém,ela ouvve o chiar de um portão enferrujado,o barulho de chaves,seguida da frase:
-Cheguei,mãe!-que dizia o "perseguidor".
Se não estivesse tão cansada,ela sorriria.
Por sorte,agora,ela estava segura.Agora,bastava chegar em casa.Estava próxima.Era apenas virar uma esquina e atravessar a rua.De onde estava,naquele momento,já dava pra ver o seu lar.
Ela então relaxa,e pensa no gato siamês que deve estar com fome.E,relaxada,ela não ouve o homem a esperando atrás de um poste,de tocaia.Ela aprenas sente a mão suada em sua boca,o corpo forte atrás de si,a ponta da faca em suas costas,e um hálito alcoolizado que sussurra:
-Quietinha,senão te furo!
Neste momento,o tempo parece parar,e uma palavra ecoa em sua mente:terror.

(outono/2000)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

caminhos do cineclubismo chama a atenção da mídia!

O Filme CAMINHOS DO CINECLUBISMO, que contouo com a minha participação na equipe de produção, está chamando a atenção da mídia especializada em cinema, pois se trata do primeiro documentário à tratar do cineclubismo.
Olha só uma reportagem que saiu na Revista de Cinema:

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

UM CONTO CURIAPEBANO

UM FATO MARCANTE NO VELÓRIO DO
PAI DE PROMONTÓRIO CAPELINO DE SOUZA

por Lexy Soares



Aquele dia não fora como os demais em minha vida.
Ele estava fadado a marcar definitivamente todo meu passado e futuro.
Eu, Promontório Capelino de Souza, tenho comigo que este é um dos dias que nunca vou me esquecer, é o dia em ele morreu.
Não que tenha sido um bom pai, muito pelo contrário, foi uma péssima pessoa. O tipo de homem que batia na mulher, e nem ligava pros filhos. Por isso, eu nem gostava dele. Mas nunca vou me esquecer do dia em que ele morreu.
Estava quente naquele dia, o tipo de calor que só quem nasceu no nordeste consegue suportar. Apesar de eu não ter sentido pena pelo falecimento de meu pai, tive que comparecer ao velório, claro, como manda a boa educação e respeito. Então, lá estava eu, andando de um lado pro outro, observando os parentes e amigos, que vinham me cumprimentar, e dar os pêsames. Eu fingia que estava sentindo pesar, pra não ser mal-educado.
Vários parentes que nunca vinham nos visitar estavam lá. Talvez pra se certificarem de que ele estava mesmo morto, não sei. Também tinha muitos amigos dele. Eu só ouvia comentários do tipo "Ele era uma ótima pessoa", "Ele vai fazer falta", "Um homem bom como ele não se encontra todo dia", Nem parecia que estavam falando do mesmo homem que eu conheci, que só falava comigo quando era pra exigir alguma coisa, e ai de mim se eu não obedecesse!
Num cantinho, uma tia chorava como uma bezerra desmamada, sempre com algum outro parente a lhe oferecer um braço como consolo, e um lenço limpo pra ela enxugar as lágrimas.



Como meu pai morreu,é mais um exemplo de como sua vida era devotada às besteiras inúteis.Ele morreu lutando por nosso jornalista Aristarco Vieira de Melo,o dono do jornal "Os Sertões",o qual meu pai,um leitor assíduo,comprava todos os sábados.E,assim como os fiéis da igreja Jesus Virá,Aleluia!...,meu pai acatava todas as opiniões contidas no jornal com se fossem leis absolutas.
E,por isso,quando Aristarco começou uma série de provocações contra o músico Talinho Malino de Menezes,meu pai,como um fiél seguidor do jornalista,falava mal do músico,mesmo que nunca tenha ouvido uma música sequer dele.
Aristarco,como a mairoria dos honens que conseguem grandes cargos na sociedade,usava e abusava de sua condição.Como dono do jornal,se fazia o responsável por tudo o que aconecia na cidade.Como se o fato de noticiá-las o tornasse o dono dos ocorridos.Quando um determinado evento ocorria na cidade,o sucesso,segundo ele, era consequência de seu empenho em exibir Curiapeba em seu jornal."Uma cidade só cresce quando sua história é registrada e noticiada!",ele costumava dizer.E,se alguém discordasse de qualquer coisa publicada,ou por qualquer outro motivo,se tornasse um desafeto do dono do jornal,ele publicava uma nota mencionando como a pessoa agia com má fé contra os modos da cidade.
E, como tambem acontece com homens de grande posição,ele arregimenta uma legião de cegos seguidores.Como meu pai.
Só de ler que Talinho estava misturando a música caribenha com a música brasilçeira,meu pai já esbravejava que isso era cuspir na cultura nacional,um desrespeito aos nosso verdadeiros costumes,e outras sentenças,repetidas quase exatamente como eram redigidas no jornal.
Foi isso que o fez ser morto,naquela tarde de sábado,na praça das boiadas,em meio àquela algazarra toda que se instalou no centro de Curiapeba.Foram socos pra um lado,pontapés pra outro,gente correndo e se escondendo.E duas mortes,entre as quais,meu pai.
Aristarco Vieria de Melo,o herói que meu pai defendia,após levar os primeiros sopapos dos defensores de Talinho,fugiu,e se escondeu nos fundos do bar do João Emílio Krauser,ele nem deve ter visto o que aconteceu, enquanto a população de Curiapeba demolia o centro da cidade,cada grupo defendendo um dos lados da bruiga.
Meu pai devia estar no bar do João Emílio,bebendo catilóia.Provavelmente,ele deve ter ficado enjuriado ao ver seu ídolo todo esfolado,e entrou na briga,que só acabou quando os tiros para o alto do coronel Benvindo dos Santos Arruda Real se fizeram ouvir.
Quando a poeira assentou,e os dois corpos foram levados para suas respectivas casas(coincidentemente,um dos mortos defendia Talinho,o outro,o meu pai,defendia Aristarco),as pessoas se fizeram sentir pelo jumento esfaqueado,mas os mortos,só as famílias sentiram,os outros,nem devem se lembrar que duas pessoas morreram ali.
O jornal Os Sertões,que meu pai tanto adorava,noticiou o fato,mencionou a morte do jumento,mas não mencionou nomes dos homens mortos.É isso que meu pai ganhou por ter entrado na briga de quem nem sequer o conhecia.Mas duvido que Aristarco iria ao velório de meu pai,mesmo que o conhecesse.
Mas ,vamos voltar ao que eu realmente quero contar sobre o velório de mau pai:


Eu estava cansado, e com calor. Não queria estar ali. Mas tinha que estar.
De repente, entra no recinto uma senhora, que eu não conhecia, acompanhada de uma moça lindíssima. Morena, com cabelos volumosos, lábios carnudos, que mais pareciam uma flor, olhos grandes, e um corpo cheio de curvas, do tipo que deixa qualquer mancebo de cabeça virada. Todos os homens que ali estavam olharam pra moça, apesar de ter que manter o respeito pelo finado.
A senhora entrou, aproximou-se para ver o corpo, e cumprimentou alguns dos presentes. E eu fiquei curioso em saber de quem se tratava.
Eu cheguei a minha mãe, mas, pra não dar na vista, usei de um pequeno subterfúgio:
- Mâinha, quem é aquela senhora que acabou de entrar?
- Num sei, não, meu filho. Dispois eu pergunto.
Enquanto isso, eu continuava curioso em saber quem era aquela moça tão bela.
Eu andava de um lado pra outro, sempre "esbarrando" em algum amigo do meu pai, ou algum parente, que me abraçava, ou apertava minha mão, se demorando por algum tempo, pra me contar alguma história vivida com meu pai, como se eu estivesse interessado. E, pra não ser mal-educado, eu fingia interesse. Mas eu nem sequer ouvia, meu olhar estava na moça. Eu dava uma espiada rápida, disfarçadamente, pra onde ela estava. Eu não queria perdê-la de vista. Queria aproximar-me dela, e perguntar quem ela era, como alguns dos homens já estavam fazendo. Mas eu tinha que dar atenção pra todos os parentes, tinha que fingir que estava sentindo a morte de meu pai, não podia me aproximar da moça sem dar na vista das pessoas.
Quando finalmente, me livrei do amigo de meu pai, e sua história fascinante de alguma aventura qualquer de adolescente com meu pai, meu olhar procurou a moça. Mas não a achei.
Droga! Eu a tinha perdido.
Mas ouvi a voz atrás de mim:
- Olá!
Virei-me, e lá estava ela, que me estendeu a mão.
- Meus pêsames pela morte de seu pai.
- Obrigado.
Retribui o aperto de mão. E não resisti em perguntar:
- Você conhecia meu pai?
- Não, eu não. Eu só estou aqui pra acompanhar minha tia. Ela conheceu o seu pai, quando ele era moço.
Ao dizer isso, ela deu um breve sorriso. Um lindo sorriso. Eu, então, aproveitei.
- Meu nome é Promontório Capelino de Souza. - eu disse, estendendo novamente minha mão.
- E o meu é Imbromélia Cromilda Adelaide. Muito prazer!
Depois disso, passamos o velório todo conversando, e nos conhecerndo melhor. Depois do funeral, combinamos de sair. Ficamos noivos em pouco tempo, e hoje, somos casados, e temos três filhos.
Por isso, sempre que chega o aniversário da morte de meu pai, eu agradeço. Ele pode ter sido um péssimo pai, mas pelo menos, sua morte foi um dia especial pra mim, pois foi onde eu conheci Imbromélia, a mulher da minha vida.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

selecionado em salão de humor

Uma história em quadrinhos minha foi selecionada no Salão de Humor de Volta Redonda.Confira no site deles, na categoria História em Quadrinhos.
http://www.geocities.com/salaovredonda/

O trabalho ficouo exposto no salão entre os dias 3 de julho e 3 de agosto.Assim que me for possível, eu coloco uma cópia aqui no blog.

quarta-feira, 23 de julho de 2008


A primeira sessão pública do filme CAMINHSO DO CINECLUBISMO foi um sucesso!
A sala estava cheia de pessoas interessadas em prestigiar este importante filme.
trat-se de um inédito documentário sobre o movimento cineclubista.
durante a sessão, muitos batiam palmas para os depoimentos, e no final, foram muitas palmas.
Com certeza, um filme importante, e histórico.Do qual me orgiulho de fazer parte.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

CAMINHOS DO CINECLUBISMO




Convite para a primeira apresentação pública do filme:

CAMINHOS DO CINECLUBISMO
documentário, brasil, 2008, 110 minutos, p&b/cor

concepçãofílmica DIOMÉDIO PISKATOR

Caminhos do movimento cineclubista, que foi escola de cinema para a formação de gerações de cineastas do mundo todo e que, no Brasil, completa 80 anos de vida, graças a um grupo de amigos amantes do cinema que, em 1928, fundou o Chaplin Club, no Rio de Janeiro. De lá pra cá, o cineclubismo passou pelo brilhantismo de Paulo Emilio Salles Gomes, com o Clube de Cinema de São Paulo e, depois, a Cinemateca Brasileira; pela repressão política imposta pelos militares de plantão, nas décadas de 1960, 1970 e metade de 1980, com a perseguição, a censura e o fechamento de cineclubes. A organização política do movimento. O marasmo e o quase falecimento nos anos de 1990, enquanto organização. Já nos anos 2000, a reorganização, a revitalização das salas, a adaptação às novas tecnologias - e rumo ao grande encontro comemorativo de 2008.

22 de julho de 2008, terça-feira, às 21h30
no Espaço Unibanco de Cinema
rua Augusta, 1470 - Cerqueira César - São Paulo

roteiro e direção DIOMÉDIO PISKATOR*fotografia e câmeraTONY D'CIAMBRA*montagem e finalização GUSTAVO SOARES*produção executiva LUUANDA ARTEMIS *captação do som LEXY SOARES*finalização e mixagem de som CAIO POLESI*produtores MIHAELA REBREANU, DIOMÉDIO PISKATOR, GUSTAVO SOARES
depoimentos ADHEMAR DE OLIVEIRA, ANDRE PIERO GATTI, ANTONIO CLAUDINO DE JESUS, ANTONIO GOUVEIA JR, ASSUNÇÃO HERNANDES, CARLOS SEABRA, DIOGO GOMES DOS SANTOS, FELIPE MACEDO, FRANK FERREIRA, FREDERICO CARDOSO, GERALDO MORAES, GUIDO ARAÚJO, JEAN-CLAUDE BERNARDET, JOÃO BAPTISTA PIMENTEL NETO, JOÃO BATISTA DE ANDRADE, JOÃO LUIZ DE BRITO NETO, LUIZ ALBERTO CASSOL, RODRIGO BOUILLET, SILVIO DA-RIN, SILVIO TENDLER

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Assistam meu primeiro curta

Este foi o primeiro filme que fiz, eu apensa o roteirizei e ajudei na direção.
ele foi produzido em 2004, na época em que MAuá tinha uma oficina de cinema de verdade.

http://br.youtube.com/watch?v=aHtGAJ3moDY



Depois, poste o que achou,ok?

quarta-feira, 4 de junho de 2008

INIMIGO - Roteiro de curta

NOTA:Este roteiro é baseado num conto de Alexandre Ribeiro, e estasmo juntos filmando.Em breve, será lançado.

SEQ 1 -INT- CORREDOR -NOITE

Corredor sujo, úmido e escuro.ALEXANDRE caminha passo a passo,respirando fundo.Ele olha pra frente,concentrado.No final do corredor,INIMIGO está sentado no banco do corredor,montando o cubo mágico.
INIMIGO(EM OFF):Quem é o inimigo?
ALEXANDRE se aproxima passo a passo do INIMIGO.Vê a máscara dele,de perfil.Nas mãos,ele continua a montar o cubo.O INIMIGO pára de montar o cubo,vira lentamente o olhar para ALEXANDRE.Ele passa a segurar o cubo com apenas uma mão,e com a outra,começa a tirar a máscara.ALEXANDRE fica amedrontado.Uma música alta e estranha começa a ecoar.

SEQ 2 -INT -QUARTO -NOITE
ALEXANDRE acorda,levantando sobressaltado na cama.Ele olha ao redor,enquanto sua respiração se normaliza.Ele olha para as coisas no quarto.Olha pro relógio ao lado da cama,que marca 3:20.

SEQ 3 -COZINHA -NOITE
ALEXANDRE abre a porta da geladeira,pega ma garrafa d'água,e bebe um gole.Ao terminar o gole,ele fica olhando para dentro da geladeira.
VOZ EM OFF DO INIMIGO:Quem é o inimigo?

SEQ 4 -INT -QUARTO -AMANHECER
ALEXANDRE está na cama,quando o sol bate em seu rosto,acordando-o.A MÃE dele está abrindo as janelas,e tirando as roupas jogadas no chão,e colocando em cima da cama.
MÃE:Acorda,Alexandre!O sol já está no meio do céu.Pode ir levantando.Aproveita o dia lindo,e vai procurar um emprego.Que tal?Tenho certeza que é essa falta do que fazer que te deixa assim,o dia todo amuado.
ALEXANDRE só escuta,sem responder.A MÃE vai até ele,dá um beijo no rosto dele.
MÃE:Agora eu vou dormir,pois um turno da noite num hospital não é bolinho.A comida está na geladeria,é só colocar no microondas.Aproveite o dia!
Quando a mâe sai,ALEXANDRE pega um óculos escuros no criado mudo,e coloca.Ele olha para o Sol.Depois se levanta,e pega uma seringa na gaveta do criado mudo pra se drogar.

SEQ 5 -INT -SALA -NOITE
O telefone toca.ALEXANDRE atende.É FÀBIO,que o convida pra sair.
ALEXANDRE:Alô?
FÁBIO:E aí,cara!Tudo certo?A balada dessa noite ainda está de pé?
ALEXANDRE:Não sei...Não tô muito no clima pra nada...
FÁBIO:que é isso,cara!É por isso mesmo que é bom a gente se ver,a turma toda.A gente curte umas juntos.Quando a vida está nos deprimindo,que a gente precisa se unir pra levantar a moral um dos outros.A Lillith comprou umas cervas,como vocÊ nção quer sair,a gente bebe aí na sua casa.Beleza?

SEQ 6 -INT - QUARTO DE ALEXANDRE - NOITE
CLOSE em ALEXANDRE.
ALEXANDRE:Quem é o inimigo?
Os AMIGOS estão todos prestando atenção.Uns fumam,outros com copos de cerveja na mão.
AMIGO 1:Cara,que puta sonho bizarro!
FÁBIO:Esse sonho não é tão bizarro,assim.É até bem comum.Todos os seres humanos sonham um dia, até acordados fazemos isso.
ALEXANDRE:Concordo,mas esse foi tão real.Até o cheiro do lugar em que eu estava,está gravado no meu cérebro.Mas e a questão "Quem é o inimigo?"Eu mesmo nunca me fiz essa pergunta.Porquê isso é tão importante agora?
FÁBIO:Bem,eu entendo essa questão.É até bem simples,nada pra você ficar se preocupando.Todos nós temos que conhecer nosso inimigos,se quisermos derrotá-lo."A arte da guerra",do Sun Tzu,diz isso.Até mesmo Hitler seguia esse princípio,como ele escreveu no "Minha Luta".Voce precisa saber qeum é seu inimigo,pra derrotá-lo,só isso.
AMIGO 2:Beleza,gente.A conversa tá bem interessante,mas que tal se a gente mudasse desse assunto,pra este assunto aqui?
AMIGO 2 tira do bolso da jaqueta um pacotinho cheio de pó.Os outros ficam todos contentes,e alvoroçados.
FÁBIO:Cada um trouxe a sua seringa?
Todos riem.

SEQ 7 -INT - CASA DE ALEXANDRE - NOITE
Todos estão caídos pelo quarto.Alguns se picam.Outros já estão semi-inconscientes.ALEXANDRE está num canto,encostado na parede.Seu rosto sem espressão.Ele começa a fechar os olhos,sonolento.

SEQ 8 -INT - CORREDOR - NOITE
ALEXANDRE abre os olhos,e vê o corredor do seu sonho.Ele fecha os olhos novamente,e está no quarto com os amigos.Quando pisca novamente,está no corredor.A cada piscada ele muda de ambiente,entre o corredor e seu quarto.Ele fecha os olhos,apertando bem firme,e fica assim por um isntante.Quando abre,está no quarto .Os amigos dele estão espalhados pelo chão,curtindo a droga.A música que tocou no sonho dele toca novamente.
ALEXANDRE:Vocês estão ouvindo essa música?
Os amigos não respondem,só riem.ALEXANDRE se levanta,vai até o rádio,e desliga.A música continua.Ele tira o fio da tomada,mas a música continua.Ele começa a olhar para as paredes,o teto..(imagens em preto e branco).Ele se vira ,bravo pros amigos.
ALEXANDRE:Algum de vocês está ouvindo a porra dessa música?
Ele olha pra frente,e pára,,estarrecido.O INIMIGO está parado,olhando para ele,e montando o cubo nas mãos.ALEXANDRE começou a gritar pros amigos,mas todos eles estão caídos no chão,sem ouvir.ALEXANDRE tenta fugr,cai no chão,e rasteja até a janela.Ele tenta abrir a janela,não consegue.Toca o vidro,que fica com as marcas de sua mão.
ININIMIGO(Em off):Descobriu quem é o inimigo?
ALEXANDRE se vira paa o INIMIGO,em pânico.Depois pára um segundo,levemente lúcido,e olha para seus amigos,um por um.ALEXANDRE os observa com uma certa raiva.
INIMIGO:Descobriu quem é seu inimigo?
ALEXANDRE se vira para o INIMIGO,mas ele não está mais no quarto.ALEXANDRE se deita no chão em posição fetal,e começa a grunhir.Mãos começam a esbofeteá-lo.

SEQ 9 -INT -QUARTO -DIA
ALEXANDRE acorda assustado,com um tapa de sua mãe.
MÃE:Alexandre?O que aconteceu?O que você está fazendo,caído no chão?E por que toas as portas e janelas estão abertas?
ALEXANDRE vira o olhar para seu lado.A MÃE olha também.A seringa está caída ao lado dele.

SEQ 10 -IN -QUARTO -NOITE
ALEXANDRE cola um pedaço de papel na parede,onde está escrita a frase"quem é o inimigo?"Câmera abre,revelando todas as paredes do quarto com papéis com palavras coladas.PD em cada alguns dos papéis,com as palavras e frases:?Quem é o inimigo??Deus ?Câncer?Cigarro ?Família ?Armas ?Guerra ?Drogas? Entre outras palavras.ALEXANDRE começaa rodar pelo quarto,olhando para cada uma das palavras nos papéis.Sua mãe aparece na porta.
MÃE: Alexandre?
ALEXANDRE não dá atenção pra ela.Ela se aproxima dele,coloca as mãos nos ombros dele,como ele não oferece resistÇência,ela o abraça.
MÃE: Filho,pelo amor de Deus.Essa drogas estão deixando você louco.Pare com isso,por favor.Eu não quero perder meu filho.
ALEXANDRE abaixa a caabeça.
ALEXANDRE: Não se procupe,mãe.Eu vou procurar ajuda...

SEQ 11 -INT - SALA DE ESPERA DO PSIQUIATRA -NOITE
ALEXANDRE,com um sorriso vazio e assustado no rosto,espera ser chamado.A porta do consultório se abre, um rapaz com olhar engraçado e ar sorridente sai. Uma voz de dentro da sala o chama.
PSIQUIATRA: Alexandre!

SEQ12 -INT -SALA DO PSIQUIATRA -DIA
O PSIQUIATRA está sentado em sua poltrona.Ele aponta o divã pra ALEXANDRE.
PSIQUIATRA: Olá!Sente-se,e fique à vontade!
ALEXANDRE se senta,meio encabulado.
PSIQUIATRA:Tudo bem com você?
ALEXANDRE pára,olhando fixo pro PSIQUIATRA.
ALEXANDRE: Tudo bem.
PSIQUIATRA: Muito bem,me conte o seu problema.
ALEXANDRE conta seu problema pro PSIQUIATRA.Este faz uma cara de quem não leva o rapaz muito à sério.
PSIQUIATRA: Você usa alguma droga?
ALEXANDRE: Bem...Sim.Heroína.
PSIQUIATRA: (Suspiro)Bem,seu subconsciente de ve estar tentando lhe dizer algo.A resposta está nas imagens dos seus sonhos.Acho que hipnose seria omelhor método de tratá-lo.
ALEXANDRE: hipnose?Mas doutor,me diga.Quem deve ser essa pessoa que assombra meus sonhos?
O PSIQUIATRA olha ALEXANDRE de forma inquisidora,por cima dos óculos.
PSIQUIATRA: Bem,a hipnose vai lhe ajudar a fornacer a resposta.Vamos começar?

SEQ 13 -INT-SALA DO PSIQUIATRA -DIA
ALEXANDRE pega um comprimido nas mãos,e toma,enquanto o PSIQUIATRA vai lhe esxplicando o tratamento.
PSIQUIATRA: Este comprimido vai deixá-lo meio sonolento,pra você ficar mais sucetível à hipnose.
ALEXANDRE toma os comprimidos,e olha para o PSIQUIATRA.Este tem duas esferas nas mãos,e começa a bater uma na outra,enquanto continua falando.As palavras dele vão ficando mais distantes,diminuindo o volume.ALEXANDRE começa a cochilar.Ele desperta ao ouvir a voz.
PSIQUIATRA(em off): Quem é o inimigo?
ALEXANDRE fecha os olhos e se mexe no divâ,como se seus membros estivessem amarrados.
ALEXANDRE: Eu não sei,Doutor!Não sei!Saber pode me matar!
PSIQUIATRA(em off): Quem é o inimigo?
ALEXANDRE: A única pessoa que sabe é o ser dos meus sonhos!

SEQ 14 -INT -CORREDOR -NOITE
ALEXANDRE abre os olhos.Ele olha ao redor,não reconhece o lugar sujo e escuro.Ouve a voz do inimigo
INIMIGO(em off): Quem é o inimigo?
ALEXANDRE olha na direção da voz,e vê o INIMIGO,parado em pé,a poucos centímetros dele,com o cubo mágico em uma das mãos,e o olhando.Lentamente,oINIMIGO segura o cubo com as duas mãos,vira para o lado,e começa a tentar montá-lo.
INIMIGO: Olá garoto, estou tentando decifrar o enigma das cores desse brinquedo, sabe porque? Porque todos têm enigmas na vida a serem decifrados e às vezes quando conseguimos é tarde, o relógio nos enganou, e o tempo não retorna!
ALEXANDRE responde gritando.
ALEXANDRE: Quem é você? Quem é o inimigo? Você é o meu inimigo?
O INIMIGO continuava concentrado em montar o cubo,despreocupadamente.ALEXANDRE repete os gritos,até copmeçar a perder o fôlego.As batidas do coração de ALEXANDRE são ouvidas cada vez mais altas.O INIMIGO pára de montar o cubo e olha pra ele.
INIMIGO: Retorne garoto! Retorne garoto!
ALEXANDRE começa a agonizar de dor.
INIMIGO(em off): Retorne garoto!
ALEXANDRE fecha os olhos.

SEQ15 -INT SALA DO PSIQUIATRA -DIA
ALEXANDRE abre os olhos.Olha ao redor,ele está novamente na sala do PSIQUIATRA.
PSIQUIATRA: Encontrou a resposta que queria ,Garoto?
ALEXANDRE: Acho que sim.

SEQ 16 -INT SALA DO PSIQUIATRA -DIA
ALEXANDRE anda pelas ruas.Ele segura as roupas,e anda se esgueirando,tentando evitar passar perto das pessoas.Ao passar por uma esquina,ele vê com o canto do olho uma figura que parece o INIMIGO dos seus sonhos.Ele pára,e olha para o lado,mas vê apenas um homem de terno,conversando com outra pessoa.Ele olha ao redor,assustado,baixa a cabeça,e apressa o passo.

SEQ 17 -INT -QUARTO- DIA
ALEXANDRE entra no quarto,e se joga na cama.PD no relógio,marcando as horas.

SEQ 18- INT -QUARTO -NOITE.
ALEXANDRE Acorda.Ele pega o relõgio,vê as horas(já se passou 10 horas),e se levanta.

SEQ 19 -INT -QUARTO -NOITE
ALEXANDRE está na frente do computador,Ele está na internet pesuisando.Ele lê num site uma matéria sobre um livro,"TRAGA SEU SONHO PARA A VIDA REAL".PD em trechos do texto na tela do micro,com voz de ALEXANDRE em off.
"como entrar no sonho e se aproveitar da outra dimensão."
"como entrar no sonho com apenas as roupas e os objetos que estava no momento do sonho" "como reencarnar na dimensão do sonho com total controle."
ALEXANDRE sorri,satisfeito.

SEQ 20 -INT -SALA -DIA
ALEXANDRE está no telefone.
ALEXANDRE: Sim,eu gostaria de compar um exemplar,se o senhor tiver.(entusiasmado)O senhor tem?Puxa,que ótimo!E quanto custa?(um pouco decepcionado)Hã...Mas o senhor aceita uma troca por outros livros,não?Sim,eu vou levar algus livros que tenho,para o senhor analisar.(pausa)Posso passar aí agora mesmo.Em uma hora,eu chego aí.

SEQ 21 -INT -SEBO -DIA
AlEXANDRE entra no sebo.Ele cumprimenta o dono do sebo.O dono do sebo lhe indica o corredor,ALEXANDRE via até a prateleira.Ele procura o livro.Encontra.Ao retirar o livro da prateleira,ele vê a máscara do INIMIGO do outra lado do corredor.ele se assusta,e corre pro outro lado do corredor.Só havia um homem pesquisando as prateleiras.ALEXANDRE se acalma.Ele vai até o
balcão,pagar o livro.

SEQ 22- INT -QUARTO- DIA
ALEXANDRE está lendo o livro.Trechos do livro são mostrados,alternando com planos variados de ALEXANDRE lendo o livro.OS trechos do livro,na voz de ALEXANDRE,são narrados em off.
"como entrar no mundo dos sonhos e se comunicar com o que estava na outra dimensão".
"o que acontecesse no sonho, poderia afetar no mundo real, afinal de contas eram dois mundos paralelos."
NARRAÇÃO EM OFF: Pra entrar no mundo dos sonhos,é preciso seguir um pequeno ritual de preparação.
ALEXANDRE termina de ler,fecha o livro,toma alguns comprimidos pra dormir,e se deita na cama.
NARRAÇÃO EM OFF: O indivíduo deve estar totalmente descansado,após um repouso bem longo.

SEQ 23 -INT -QUIARTO -DIA
ALEXANDRE acorda.Olha as horas( 7:00 ).Ele sorri,e se levanta.
NARRAÇÃO EM OFF: No dia seguinte,deve despertar muito cedo.

SEQ 24-INT COZINHA- DIA
ALEXANDRE toma café.Ele se alimenta basicamente de frutas.
NARRAÇÃo em OFF: A alimentação deve ser moderada,e apenas com alimentos leves,e
naturais.

SEQ 25-EXT-RUAS DE PARANAPIACABA -DIA
ALEXANDRE passeia pelas ruas,observando as pessoas,os carros,etc.Planos variados dele passeando pela cidade,pelos vários pontos turísticos do lugar,etc.
NARRAÇÃO EM OFF: Durante o dia,o indivído deve passar em contato com a natureza,sem atividades que exigem sua concentração,sem música.
ALEXANDRE em frente uma barraca de vendedor de refrescos.o VENDEDOR lhe oferece um refrigerante em lata,ele nega,e compra um suco.
NARRAÇÃO EM OFF: Não deve ingerir álcool,nem qualquer outro produto quimico.

SEQ 26-INT - QUARTO - NOITE
ALEXANDRE entra no quarto,calça um par de botas,pega seu revólver,coloca na cintura,e se deita.Ele respira fundo,e fecha os olhos.Adormece.
NARRAÇÃO em OFF: Após ter relaxado tanto o corpo quanto a mente,deve se preparar com a vestimenta desejada ,e dormir,tendo em mente o lcal em que deseja estar no sonho.

SEQ 27- INT -CORREDOR DO SONHO -NOITE
ALEXANDRE abre os olhos.Ele está no corredor sujo.Ele se levanta do chão,e observa ao redor.Ele começa a andar pelo corredor,até chegar onde está o INIMIGO,sentado num banco no fim do corredor,montando o cubo mágico.ALEXANDRE se aproxima dele,e fica um tempo parado,sem dizer nem fazer nada.O INIMIGO fala,sem virar o rosto nem parar de tentar montar o cubo.
INIMIGO: Hoje você descobrirá o que tanto deseja saber!
ALEXANDRE: Quem é você? Perguntei.
INIMIGO: Seu pior inimigo! Respondeu ele.
ALEXANDRE(gritando): Tire a máscara, preciso saber quem é você! Porque me atormenta! Porque está me perseguindo?
INIMIGO: Descubra você mesmo, afinal de contas estou aqui para te libertar, somente você pode ter a resposta de quem pode ser seu pior inimigo, quem não conhece o inimigo, nunca conhecerá o significado da palavra vitória! Tenha cautela no que faz ultimamente você está sendo o maior idiota para consigo mesmo!
ALEXANDRE ataca o INIMIGO,dando um soco nele.O INIMIGO cai no chão.O cubo cai da mão dele,rolando pelo chão.O INIMIGO se levanta calmamente.Se vira pra ALEXANDRE
INIMIGO:Acho que vou te perseguir toda sua vida! Seu tormento será minha paz!
ALEXANDRE( gritando enraivecido): Você perdeu, agora eu estou no comando!
ALEXANDRE tira o revólver da cintuira e aponta pro INIMIGO.Este fica olhando pra ALEXANDRE,sem se importar com a arma.
INIMIGO: Você está no comando, mas Eu é que faço as regras!
ALEXANDRE,sem hesitar,atira no peito do INIMIGO,que cai no chão.ALEXANDRE espera,enquanto o INIMIGO se debate no chão.Quando ele para de se debater,ALEXANDRE se aproxima dele,se avbaixa,e tira sua máscara.Ele se afasta,assustado.Cai sentado no chão,e se arrasta até a parede.
ALEXANDRE: Não!Não!Não pode ser!
O rosto atrás da máscara é o dele próprio.ALEXANDRE tem uns flashes:
-INIMIGO falando para ele: Você está no comando, mas Eu que faço as regras!
-ALEXANDRE lendo o livro: O que fazer nos sonhos poderá afetar na vida real!
-Tenha cautela no que faz!
–ALEXANDRE se picando com heroína.
-ALEXANDRE bebendo.
ALEXANDRE está caído no chão do corredor,encostado à parede.
ALEXANDRE(balbuciando): Eu sou meu pior inimigo...
ALEXANDRE faz uma cara de dor,e coloca a mão no peito.Ele olha a mão que está coberta de sangue.em pânico,ele olha pro seu peito,que está sangrando.Ele se encosta ainda mais na parede.
ALEXANDRE: Não!Não!Isso,não!Eu não queria!
ALEXANDRE Eolha pro cubo ao seu lado,e estuica o braço,tentanto pegá-lo.o braço pára antes de alcançar o cubo.

SEQ 28- INT -QUARTO -NOITE
ALEXANDRE,deitado na cama,a arma na mão,e o peito sangrando.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

VIDA REAL

NOTA:Eu escrevi este roteiro sobre o argumento de outra pessoa.


Seq. 1 - posto de gasolina - externa - dia
Plano fechado em mãos de frentista, andando, contando o dinheiro, algumas notas de dez reais e cinco reais, nota de R$ 1,00 REAL semi nova em detalhe contada por ultimo.
Carro de luxo parado, frentista entrega o dinheiro ao dono do carro, homem elegante de terno.
Homem pega o troco, conta o dinheiro, coloca as notas no bolso deixando de lado a nota de R$ 1,00 REAL,coloca a nota de R$1,00 no painel do carro. coloca a chave na ignição, liga o carro e sai.

Seq. 2 - carro- interna - dia
Farol fechado, meninos em frente dos carros com malabares fazendo acrobacias
Celular do motorista toca.Ele atende
MOTORISTA
Alô?(pausa)Sim,estou com o caso dele na minha mesa.O cara é tão otário que estou pegando toda a aposentadoria dele....

Seq 3-farol-externa-dia
Um dos meninos se aproxima dos carros
MENINO
Tio,tem um trocado pra "mi dá"?
homem elegante de terno em carro de luxo entrega uma nota de R$ 1,00 REAL para o menino que dobra e guarda no bolso.
MENINO
"Brigado",tio.

Seq. 4 - padaria - interna - dia
Menino entrana padaria,se diriga ao balcão
MENINO
"Mi vê R$1,00 de pão.
atendente entrega os pães, menino vai até o caixa e paga com o R$ 1,00 REAL, o caixa deixa a nota fora da caixa registrado, menino sai

Seq 5-externa-padaria-dia
Menino sai da padaria,cruzando com adolescente de uniforme e material escolar, adolescente entra na padaria

Seq 6-interna-padaria-dia
Adolescente vai até o caixa
ADOLESCENTE
Vê um cigarro pra mim!
O atendente lhe entrega o maço de cigarros.Adolescente paga com uma nota de dez reais, o caixa devolve o troco com nota de cinco e dois reais mais a nota de R$ 1,00 REAL, adolescente dobra as notas coloca no bolso da mochila e sai.

Seq. 7 - calçada - externa – dia
Câmera acompanha garoto de uniforme caminhar, abre o maço de cigarros, acende um e começa o a fumar, um vendedor de balas passa por ele,ele compra um halls com o vendedor de balas em frente à estação de trem com o R$ 1,00 REAL, o vendedor de balas guarda a nota na pouchete, devolve de troco cinqüenta centavos.
Vendedor de bala esconde as balas e entra na estação de trem.

Seq. 8 - trem - interior - dia
Vendedor de bala entra no trem, tira as balas da bolsa, anuncia a venda das balas.
Homem em pé, segura sua bolsa olhando para todos os lados, acompanha com olhar o vendedor, ele o chama e compra um halls com uma nota de dois reais, vendedor tira da pouchete o troco, uma moeda de cinqüenta centavos e a nota de R$ 1,00 REAL.
Vendedor sai anunciando.

Seq. 9 - plataforma - exterior - dia
Na próxima estação, homem desce, compra com o R$ 1,00 REAL um caça-palavras mais uma caneta com uma vendedora gordinha, ela guarda a nota no seu bolso.

VENDEDORA
Você deu sorte.Esta é a última revista!

Seq. 10 - trem - interior - dia
Vendedora entra no trem destino Rio Grande da Serra, vendedora desce na estação de Mauá.

Seq. 11 - feira - exterior - dia
Vendedora gordinha numa barraca de pastel, compra um copo de caldo de cana com a nota de R$ 1,00 REAL, ela sai.Cliente da barraca pede por dois pastéis, feirante da de troco o R$ 1,00 REAL.Câmera acompanha a nota(plano detalhe).A nota passa de mão de feirantes não identificados para mãos de clientes tambem não identificados.Feirante da barraca de pastel vende um pastel para vendedora gordinha, devolvendo de troco o R$ 1,00 REAL, vendedora gordinha guarda a nota no bolsa de trás da calsa, ela sai da feira.

Seq.12 – casa/cozinha - interior - dia
Vendedora gordinha, entrando em casa com sua bolsa nas costas e algumas sacolas na mão,
Colocas as sacolas na mesa da cozinha, na geladeira ela vê o calendário marcado com um circulo a data de pagamento do aluguel, ela tira da bolsa todo dinheiro,a nota de R$1,00 rasga quando ela puxa do bloso.
VENDEDORA
merda!Dinheiro de pobre tem sempre que rasgar à toa!

Na mesa ela conta quanto de dinheiro tem, desanimada com a quantidade vai até uma caixinha em cima do armário, leva até a mesa, retira vários trocados, conta o dinheiro.

Seq 13.-cozinha-interna-dia
A mulher colando a nota de R$1,00 com durex.

Seq. 14 - portão - exterior - dia
Proprietário da caasa,homem alto, forte, barba por fazer, bate no portão.
Vendedora aparece pra atendê-lo
PROPRIETARIO
Vim cobrar o aluguel.
VENDEDORA
(entregando o dinheiro pra ele)
Ta aqui.

Homem conta o dinheiro.
PROPRIETARIO
Ta faltando um real.
VENDEDORA
Mas eu contei.
PROPRIETARIO
Contou errado pra variar.

Seq. 15 - casa/cozinha - interior - dia
Vendedora gordinha, para na porta por um minuto, colocando a mão nos bolsos da causa, no bolso de trás ela tira uma nota de R$ 1,00 REAL, colada com durex.

Seq. 16 – portão – exterior – dia
Vendedora entrega a nota remendada para o homem.
VENDEDORA
Ta certo, agora?
PROPRIETARIO
(sorrindo irônicamente)
Tem um cafezinho aí?

Seq. 17 – sala – interior – dia
Proprietário, sentado no sofá conta o dinheiro, filho entra na sala com uma mochila na costa
FILHO
Tchau, pai!
PROPRIETARIO
Tchau.
Ele encontra no meio das nota, uma nota de R$ 1,00 REAL remendada.
PROPRIETARIO
Peraí, filho...toma esse nota pra você.

Filho pega nota, e sai.

Seq. 18 – rua – exterior – dia
Portão da escola fechando, Filho correndo em direção ao portão, a nota de R$ 1,00 REAL cai no chão, filho não percebe, continua a correr.

Seq. 19 – rua exterior – dia
Plano fechado na nota de R$ 1,00 REAL caída no chão, mão(de pessoa não identificada) pega a nota do chão.

O ENFORCADO

"Adeus,mundo cruel!"Sei que é uma frase batida,mas é a única coisa em que consigo pensar,enquanto faço os preparativos.Chega de ouvir a vaca da minha mulher,que só sabe se preocupar com a vida dos outros.Chega de filhos que mais parecem trombadinhas.Vou aproveitar que eles estão viajando,pra acabar com tudo.
Já escrevi o bilhete de despedida.Já escolhi uma extensão elétrica,e já escolhi o lugar da casa onde vou me enforcar.
Dobrei o bilhete,e o coloquei em cima da mesa da cozinha.Em seguida,me levantei,e peguei o fio.Fui até a sala.Olhei para o teto.Nossa casa era de telha,com vigas de madeira para segurá-la.As vigas pareciam ser fortes,talvez elas me aguentassem.Mas acho que é melhor testar primeiro.
Como vou subir pra testar?O sofá!
Subi no sofá,pensando em arastá-lo,mas no mesmo instante, vi que ele não tinha altura suficiente.Me lembrei da escada de armar que tínhamos.Ela estava na garagem.Fui até lá,para pegá-la.
Ao abrir a porta da garagem,contemplei todas as coisas amontodadas lá.Um monte de tranqueiras.Engraçado como eu nunca me dei conta antes do quanto lixo eu tinha.
O meu legado!Um monumento à burrice,à incompetência de um homem que nunca soube como fazer nada direito!
Peguei a escada e saí o mais rápido possível,envergonhado por perceber o que minha vida representava.
De volta à sala,coloquei a escada no centro e abri.Para posíocioná-la melhor precisei afastar a mesa de centro.Olhei para cima e subi.Sim,felizmente dava pra alcançar a viga.Desci e peguei a estensão.Subi novamente.Passei o fio pela viga,e me segurei nele,colocando todo meu peso no fio.Passou no teste da resistência.
Amarrei o fio na viga.Depois fiz uma força com a outra ponta.Passei a forca pelo pescoço,ajustei para ficar mais justo e garantir a minha morte.Por um momento,hesitei.Pensei em como será morrer;Se dói;Se existe vida após a morte;Em como será meu último momento de vida;Se todo suicida pensa nessas coisas antes de cometer o ato final;Pensei em tudo o que fiz na vida,e no que estou deixando pra trás...
Então,com um movimento da perna,dei um empurrão na escada,que tomnbou no chão,deixando meu corpo pendurado.
A primeira coisa que senti foi um aperto na garganta,causado pelo fio.Depois o aperto foi no pescoço todo,quando a forca se ajustou ao meu pescoço.Senti falta de ar,e o fio apertando minha mandíbula,
Meu corpo balançava de um lado par o outro.Então,fechei os olhos.E voltei a respirar.
Abri os olhos.Respirei.
Eu não acreditava.
Eu não morri!Ainda estou vivo!
A morte demora tanto assim?
Fiquei esperando.Nada.Continuava respirando.
Levei as mãos até o pescoço.O Fio estava prendendo minha mandíbula,mas minha garganta estava livre.Passei as mãos pelo fio.Algo devia estar errado.A forca estava presa,não dava pra desatar.Eu estava preso.Estiquei o braço pra cima,mas não alcançava a viga,pra desamarrar.Tentei gritar por socorro,mas com a mandíbula presa,não conseguia.
Então,me dei conta.Aqui estou,vivo,pendurado pelo pescoço no centro da sala de estar,sem ter como me soltar,nem como pedir ajuda.E a minha família só volta da viagem daqui à três dias.
Vão ser três longos dias...

(11.07.05)

terça-feira, 22 de abril de 2008

UMA MORTE NO TEATRO

Me considero um homem de bom gosto,cultural e intelectual.Leio e componho poesia;visito exposições dos mais variados artistas e escolas de arte,por toda a cidade;devoro os clássicos da literatura;medito ao som de música clássica e erudita;e vou ao teatro asssistir espetáculos semanalmente.Adoro teatro.Quando não há um espetáculo sendo encenado em minha cidade,vou à alguma cidade vizinha.Até mesmo já me dispus à escrever algumas peças ,que,infelizmente,não tenho contatos pessoais para torná-la um espetáculo encenado em algum teatro.
Como o leitor pode supor,sou um intelectual solitário.Pra mim,é até bom,pois não gosto de aglomerações,muito menos de estar acompanhado de alguém que falaria durante a apresentação,tirando minha concentração.Deste modo,quando ocorreu o fato que contarei a seguir,eu me encontrava sozinho.
A peça era uma ópera.
Gosto de me sentar longe do palco,de modo a poder admirar todo o espetáculo em meu campo de visão,sem precisar mexer muito o pescoço.então,naquela noite,lá estava eu,na última fila.
A casa possuia uma lotação satisfatória,o que me agradou.Eu já disse que odeio aglomerações,mas,como amante das artes,fico feliz quando vejo muitas pessoas prestigiando um espetáculo.E o teatro em que estávamos,eu nunca tinha estado entes.Me causou uma boa impressão.
O prédio também era muito bom.Novo.Limpo,poltronas macias.O teto parecia firme e seguro(ainda bem,pois seria uma tragédia se "o céu caísse sobre nossas cabeças").
A peça começou.todos em silêncio.Minha atenção,como sempre,no espétáculo.Nem as pesoas ao meu lado pareciam -me realmente estarem lá.
À um certo momento,desviei levemente minha atenção para algo que ahcei ver com o canto do olho.Um movimento nas sombras,no teto.Olhei para ver o que era.Não vi nada.Achei que poderia ser um morcego.Ou talvez fosse apenas minha imaginação,ou mesmo uma ilusão de ótica.Ainda assim,passei meu olhar por todo o teto,pelas armações de sustetação do teto e suporte das luzes.Não encontrei nada(afinal,o que teria lá pra ser encontrado?),e voltei minha atenção para a peça.Fiquei um pouco frustrado por ter desviado minha atenção dela,mesmo que por poucos segundos.Felizmente,eu já conhecia a peça,pois já havia visto outras encenações dela.
Mas fiquei curioso em saber o que eu tinha visto."Quando a peça acabar,e as luzes se acenderem,vou olhar novamente para o teto,em busca do que quer que fiosse que tirou minha concentração e atiçou minha curiosidade",pensei.
Um certo tempo depois,novamente algo no teto atraiu minha atenção.Pareceu-me que algo havia refletido um pouco de luz.Como minha curiosidade já estava maior que nminha atenção pela peça,fiquei olhando para o teto.Novamente,vi uma luz refletida levemente em algo pequeno.Muito pequeno.E se movia.E pareceu-me que havia um vulto grande perto desse objeto.O vulto estava nas armações.Pelo tamanho,acho que devia ser uma pessoa.
E o objeto pequeno que refletia a luz se mexia.De repente,já não via mais a peça.Era como se eu não estivesse mais lá,só o som da peça chegava aos meus ouvidos,mas eu não dava atenção.O objeto se movia,apontando para todo o teatro,como se estivesse procurando algo.Ou alguém.
O objeto era triangular.Pude notar quando ele apontou em minha dirção.Meu coração palpitava,minha respiração ficou mais rápida.O objeto parou em minha direção.Podia sentir que o objeto triangular apontava para mim.senti meu suor escorrer por minhas costas.Fiquei paralisado;Não conhecia as pessoas que estavam ao meu lado.Do meu lado direito,uma moça que estava abraçada À um homem,provavelmente seu namorado.Do meu lado esquerdo,um senhor de idade avançada,óculos na ponta do nariz,e o queixo apoiado no punho.A atanção totalmente voltada à peça.Eu não conhecia ninguem.Não sabia o que fazer.Não podia causar um escândalo.Fiz a única coisa que podia.Desviei meu olhar,de volta para a peça.
Mas não conseguia me concentrar nela.Só pensava no brilho triangular,que notava pelo canto do olho.O brilho triangular que apontava pra mim.O brilho triangular que desviou de mim.
Um pouca aliviado,olhei para as armações,e vi o brilho se desviando para o outro lado do teatro.Ao redor do objeto triangular,havia um brilho mais leve,em semi-círculo.Esse outro brilho foi mudando de forma,ficando mais ovalado,formando uma elipse.Então,o objeto triangular foi atirado com velocidade na direção do público.Ouvi um gemido abafado.
A peça continuou por poucos segundos.Enquanto isso,segui o vulto com o olhar até a parte das armações que ficava acima do palco.Então,o vulto sumiu por algum lugar.
De repente,um grito de mulher meio que me despertou do meu transe.Todos no teatro olharam na direção dela.Os atores,no palco,pararam de encenar,olhando pra ela.A mulher estava de pé,gritando histerica.As luzes se acenderam.Um homem havia sido flechado e morto.Nas circunstâncias,não seria apropriado dizer,mas me senti aliviado.Aliviado por não ter sido eu.
Quando a polícia chegou,as pessoas que não eram próximas do morto foram liberadas.Eu fui embora,sem sequer dar depoimento do que vi.
Eu não gosto de jornais sensacionalistas e sanguinários,por isso,não sei quem era o homem assassinado,nem o motivo do crime.Não me interessa saber.
E eu nunca mais voltei àquele teatro.