Na minha opinião, a melhor história da fase do Jamie Delano à frente do mago urbano.
Leia minha resenha crítica aqui:
HELLBLAZER ORIGENS
Uma Das melhores series do selo
Vertigo pra se colecionar no Brasil atualmente é a coleção de encadernados
“Hellblazer Origens”, que republica a saga do bruxo inglês desde sua primeira
fase, com roteiro de Jamie Delano. Só quem não gostar do personagem pra não
curtir essa série. Pra quem é fã, ou está começando a conhecer as aventuras e
desventuras sobrenaturais de John Constantine, essa série é um prato cheio, e
apresenta o que, pra alguns é a melhor fase de suas histórias.
Cada volume publica cerca de 6
edições originais, à um preço muito camarada, e papel de “qualidade inferior”
(com aspas mesmo, pois não é nem um pouco ruim), para dar mais destaque ás
belas cores do jeito que eram feitas antigamente (e eu ficam horríveis quando
republicadas em papel LWC ou Couché). A Panini já lançou 6 volumes, quase
terminando a fase original do Delano(autor inglês criador de Nação Fora da Lei,
entre outras grandes obras no selo Vertigo). Este sexto volume é um dos
melhores da série.
Eu, particularmente, não achava a
fase do Delano tão boa quanto muitos falavam, mas provavelmente era só porque
eu só tinha lido as 6 primeiras hq’s que haviam saído por aqui no Monstro do
Pântano da Editora Abril. Lê-las sem ter as sequências dão a impressão de que
falta algo. E realmente faltava. Elas não passavam de prólogo para uma breve
saga maior, que se concluiu nas edições seguintes. Algumas dessas histórias
acabaram saindo por aqui através de outras editoras, mas de forma mal editadas.
Só agora, os leitores podem ler na ordem, encontrando todo o sentido delas.
E, de todos os volumes, posso
dizer que o sexto é o melhor de todos ao publicados até agora. Nos volumes
anteriores, as histórias, apesar de boas, possuíam em alguns momentos uma
“identidade” perdida. Soube recentemente, que Jamie Delano sofria
interferências editoriais, para que o personagem fosse retratado como um mago poderoso,
enfrentando seres sobrenaturais, e usando muita magia. Delano sabia o que os
fãs de Constantine já sabiam, que ele não era um herói, mas um humano comum. E
é com esse tipo de histórias que o autor se sai melhor. Após a confusa saga “A
Máquina do Medo”, John tenta encontrar descanso, mas acaba sendo “obrigado” à
lidar com o assassino serial conhecido como “Homem de Família”. Esse assassino
mata sempre famílias, e quando encontra Constantine por acaso, decida matá-lo,
apenas para não deixar viva uma testemunha que conhece seu rosto.
John então, precisa fugir
enquanto pensa em um meio de se colocar um passo á frente de seu algoz, e fazer
algo que o impeça de continuar com seus crimes. Mas não é uma história fácil,
nem no sentido tradicional, nem na forma como Delano coloca nosso amigo bruxo
lidando com ele. É interessantíssimo ver como John é retratado como um simples humano.
Suas reações ao fato de estar sendo caçado mostram um brilhantismo poucas vezes
visto nos quadrinhos. Mesmo nas suas hq’s atuais, o mago dificilmente seria
mostrado como uma vítima indefesa, como aqui. Em um dos momentos mais humanos
da trama, ele se sente tão perdido, achando que nunca vai conseguir vencer o
vilão, que procura uma prostituta para passar o que talvez seja sua última
noite.
Jamie Delano mostra que John
Constantine não é feito apenas de pose de “mago fodão”, como alguns autores o
fazem parecer, ou como um “Harry Potter adulto”, como na fase Mike Carey. Ao
contrário, vemos um John mais humano.
E esse lado humano fica ainda
mais evidente nas histórias seguintes, onde vemos a família dele com mais
profundidade. As relações entre ele e sua já apresentada irmã e sobrinha, e seu
pai que aparece pela primeira vez nesta edição.
Sendo este o primeiro álbum a
conter apenas histórias inéditas da fase Delano, é imperdível para fãs de boas
histórias adultas. O único porém é a última história, que deixa um gancho para
o próximo volume. Só pra nos deixar ansiosos por ele...
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